Um problema crescente nas escolas de todo o Brasil é o uso de celular em sala de aula. Os professores estão disputando atenção com aparelhos tecnológicos que estão à mão dos estudantes e atrapalham a concentração nas aulas. O corpo docente tem algumas metodologias para barrar o uso dos dispositivos, mas qual será a melhor maneira de conciliar o uso do celular dentro da sala de aula?
É um ponto sem volta: a tecnologia está na nossa vida a todo momento. Como já falamos aqui no blog, as gerações Y, Z e Alpha acompanharam o desenvolvimento tecnológico e são usuários assíduos de smartphones, tablets e computadores, se opondo à geração dos professores que tem como base uma formação acadêmica, que não acompanhou as inovações tecnológicas, já que as universidades demostram certa resistência as novidades e mudanças tecnológicas, o que reflete nas metodologias aplicadas em sala.
A situação conflitante que surge é a disputa pela atenção dos alunos, especialmente para as crianças do ensino fundamental que nasceram em mundo cheio de estímulos e são tentados a mexer em seus dispositivos em aulas de 40 ou 50 minutos. Checar o Facebook, Snapchat, Instagram, conversar no WhatsApp ou até mesmo acessar um jogo são práticas comuns visualizadas pelos professores. Muitas escolas optam por punirem os alunos e abolirem completamente o uso do celular:
“No Brasil, os professores têm certa resistência em incorporar novas tecnologias. A sala de aula ainda é o lugar de desligar o celular”, afirma Rebeca Otero, coordenadora de Educação da Unesco no Brasil
No entanto, o uso do celular pode trazer grandes benefícios educacionais. Utilizar esse artifício a favor do conteúdo pode satisfazer tanto o aluno, quanto o professor, enriquecendo a experiência dentro de sala de aula. As metodologias com giz e quadro precisam ser adaptadas para as gerações tecnológicas. Por isso, o ideal, é a articulação de atividades que envolvam as novas tecnologias, para assim manter as crianças engajadas no ensino.
O professor pode fazer um acordo com os alunos, e liberar o uso do celular para a realização de pesquisas, por exemplo, em uma maneira divertida de resolução de problemas. Além disso, o acesso à um conteúdo educacional pode sanar a necessidade pelo aparelho, que não será usado como uma distração e sim como um benefício. Além disso, por mais que certo jogo, aplicativo ou rede social não tenha um conteúdo educativo, estes podem colaborar em algum aprendizado válido para os estudantes.
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